segunda-feira, 9 de maio de 2011

Temos que preparar Itanhaém para o futuro, diz Marco Aurélio

O presidente da Câmara integrou a comitiva liderada pelo prefeito João Carlos Forssell que conheceu a infraestrutura da cidade que se tornou o pólo nacional do petróleo

O presidente da Câmara de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes, visitou a região de Macaé, no Rio de Janeiro, na última semana. Ele integrou a comitiva liderada pelo prefeito João Carlos Forssell. A viagem teve como objetivo conhecer experiências administrativas da cidade, que sofreu impacto considerável após a chegada da Petrobras, há 31 anos. O grupo conversou com autoridades macaenses e da cidade vizinha, Rio das Ostras. Em todas as reuniões, ficou clara a preocupação em “aprender com os erros” e evitar o crescimento desordenado de Itanhaém por conta da expectativa em torno do pré-sal.

Segundo autoridades locais, foi a primeira vez que um prefeito de município impactado pela Petrobras visita Macaé para intercâmbio administrativo. A comitiva visitou a secretaria de Ciência e Tecnologia de Rio das Ostras, responsável pela Zona Especial de Negócios; o condomínio industrial de Macaé, totalmente administrado pela iniciativa privada; o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social de Macaé, que gerencia parte dos recursos dos royalties; a multinacional Falck Nutec, a maior do mundo em cursos de salvamento marítimo – certificado obrigatório para quem trabalha em alto mar. Na visita, os diretores da empresa confirmaram a possibilidade de instalar uma unidade em Itanhaém.

A comitiva também se encontrou com o ex-prefeito Silvio Lopes, que administrou Macaé por três gestões. Marco Aurélio e o prefeito Forssell foram recebidos ainda pela superintendência do Aeroporto Federal, por diretores da Associação Comercial e fizeram uma visita à Câmara Municipal.

Em Macaé, operam 120 plataformas de extração de petróleo. Destas, noventa estão sob a responsabilidade da Petrobras. As demais são operadas por multinacionais. O Aeroporto Federal de Macaé, administrado pela Infraero, movimenta 120 voos diários de helicóptero entre a cidade e as plataformas. A rede hoteleira, com cerca de 4 mil leitos, tem ocupação média de 100% nos dias úteis por parte de trabalhadores das empresas petrolíferas. A economia da cidade registrou a chegada de 680 empresas ligadas ao petróleo apenas nos últimos cinco anos, após o anúncio da descoberta das reservas do pré-sal.

Apesar de a Petrobras ter se estabelecido em Macaé em 1980, foi somente em 1993 que a prefeitura passou a receber os royalties como compensação pelo impacto econômico e social, chamado de crescimento desenfreado, principalmente pela explosão populacional. Atualmente, entram nos cofres do município quase R$ 500 milhões por ano provenientes das petrolíferas. Em 1980, Macaé tinha 75 mil moradores. No Censo de 2010, este número saltou para mais de 200 mil pessoas. As ocupações irregulares e o crescimento de favelas são os principais desafios que a prefeitura de Macaé tenta superar, além do esforço para conter a degradação ambiental e a redução nos índices de qualidade de vida.

Estes foram os pontos principais enfocados pelo presidente da Câmara e comitiva durante os dois dias de visita. Em sua avaliação, é importante procurar se antecipar aos problemas causados pelos impactos da Petrobras na Cidade. “Agora que conhecemos como ficou uma cidade impactada pelo petróleo, precisamos nos adiantar e corrigir os rumos. Tem uma série de providências que a Cidade deverá adotar sendo as principais ligadas à legislação”.

O presidente da Câmara conheceu e quer trazer para Itanhaém o modelo de Zona Especial de Negócios, no setor de prestação de serviços. “Vamos conversar com o prefeito para viabilizar a área e ajustar a legislação. Com o crescimento econômico esperado na Baixada Santista, Itanhaém vai sair na frente dispondo de uma área totalmente estruturada para as empresas que orbitam a Petrobras, na área de prestação de serviços”.

Marco Aurélio parabenizou o prefeito pela iniciativa de conhecer Macaé e trocar experiências com as autoridades daquela região. “Foi o primeiro prefeito a fazer isso. Demonstra a sua preocupação com o futuro de Itanhaém, mesmo estando a 20 meses do encerramento do seu mandato. Sem dúvida, foi uma iniciativa louvável”.

Além de Marco Aurélio, a comitiva foi integrada ainda pelos vereadores Rogélio Salceda e Cícero Kakulé

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